quarta-feira, outubro 27, 2010

Na bruma

O dia nasceu lúgubre hoje… esta ilha envolta em névoa faz-me descer ao recôndito mundo dos meus sentimentos...

Da minha janela, mar e terra parecem indistintos na extensão do nevoeiro… alma e corpo indistintos no turbilhão dos sentimentos.

O sol faz-se sentir para lá de todo o conflito dos elementos, contudo, os seus raios não me alcançam a face… esta face de carregado semblante que desvanece até o mais harmonioso fenótipo...

Sopra uma brisa que sussurra qualquer coisa nos meus ouvidos, julguei ouvir-te…

Deste miradouro que é a janela do meu quarto, sinto o inconfundível aroma da maresia… e sim, começo a despertar, saindo do transe que a abstinência da luz da estrela mãe causa em mim… há tanto mais para me fazer sorrir.

Rasgam-se-me os lábios e baixo a cabeça, com aquele ar de embaraço comigo mesmo…

Sorri, estás em mim e eu em ti... sempre!

Eros

1 Comments:

Blogger São said...

O texto me agradou, muito.

Mas a letra é demasiado pequena e são mesmo necessárias as letras de verificação?

Ah, também gostei da música.

Tudo de bom.

quarta-feira, outubro 27, 2010  

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